segunda-feira, 11 de junho de 2012

Italianos lamentam erro fatal de Massa e veem renovação por um fio



A imprensa italiana não perdoou a estratégia da Ferrari depois que Fernando Alonso despencou da liderança para o quinto lugar nas últimas voltas do Grande Prêmio do Canadá de Fórmula 1. O jornal generalista La Stampa classificou a tática do espanhol de parar apenas uma vez durante a corrida como um "suicídio", lamentando ainda o "erro fatal" de Felipe Massa, que rodou sozinho no início da prova e terminou no décimo lugar - para o periódico, a renovação do contrato do brasileiro "está mantida por um fio cada vez mais sutil".

Na verdade, o diário utilizou a expressão "harakiri", em referência à obrigação, segundo o código do samurai, no qual esse guerreiro é obrigado a se suicidar quando julga ter perdido a sua honra.

Nas palavras do jornal, no "anunciado triunfo" do inglês Lewis Hamilton, da McLaren, "haveria espaço também para um bom resultado da Ferrari, mas dois erros fatais o neutralizaram". O primeiro citado é Felipe Massa, que ocupava o quinto lugar quando rodou e "poderá morder unhas, dedos e mãos pensando no bom resultado que faltou e na renovação do contrato que se torna a cada dia mais improvável".

Sobre Alonso, o diário analisou que o espanhol "conduziu bem uma outra corrida" até o fim, "quando os pneus macios começaram a se desintegrar". Criticando a estratégia da Ferrari, o periódico citou que um "quase triunfo se transformou assim em uma meia derrota", ainda que, de qualquer forma, o piloto tenha levado "dez pontos que lhe permitem ficar com Hamilton e (Sebastian) Vettel no trio dos fugitivos, que devem disputar o título".

Com 86 pontos, Alonso ocupa a vice-liderança do Mundial de Pilotos após sete etapas disputadas, contra 88 de Hamilton e 85 de Vettel. O jornal Gazzetta dello Sport, o principal esportivo do país, também lamentou a tática da equipe de Maranello, que sofreu um "risco não premiado", conforme a definição definiu.

O diário também classificou o erro de Massa como "fatal", lembrando que o piloto "tinha dado ilusão com treinos finalmente como protagonista e um começo de corrida muito brioso". O brasileiro, cujo contrato se encerra em 2012, não está com sorte, segundo a publicação, "mas alguns erros não ajudam a recuperar a confiança e a apoiar o esforço da equipe para defender a liderança de Alonso" - a conclusão é que "antes ou depois, a Ferrari deverá enfrentar este nó, improdutivo para o piloto e para a escuderia".

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