É importante esclarecer que a Globo não modificou a grade da manhã levada pelo simples desejo da Fátima Bernardes em apresentar o seu próprio programa. Tudo isso aconteceu com base em estudos.
Já de algum tempo a programação infantil representa muito pouco na TV aberta. Os investimentos comerciais estão abaixo de 5%. Ao contrário da TV fechada, com cerca de 80%, e que tem numa emissora voltada para esta faixa de público – “Discovery Kids”, a líder de audiência entre os canais por assinatura.
O SBT, por sua vez, possui neste horário faturamento e audiência solidificados, que atendem muito bem aos seus anseios ou necessidades. O investimento da emissora é praticamente nenhum, porque a maior parte dos produtos sai do pacote da Warner, que já pertence a ela. Usando ou não, está pago.
A Globo cometeu o erro de demorar quase seis meses para promover essa mudança, que só aumentou a responsabilidade e a expectativa em torno do seu novo programa, mas se os mesmos índices do “TV Globinho” forem mantidos será, indiscutivelmente, um excelente negócio.
Passada mais de uma semana da estreia do “Encontro com Fátima Bernardes”, verifica-se, pelos números conhecidos, que a Record foi a grande prejudicada. A que mais perdeu. A ela, sim, cabe agora dar uma resposta à altura.
É preciso considerar
A Globo só tomou a decisão de tirar o “TV Globinho” do ar, e por consequência dar um fim na programação infantil diária, no instante em que o canal Gloob, da Globosat, estreou na TV fechada.
No fundo, é o mesmo caixa.
Ranking
Segundo pesquisas realizadas durante o mês de maio, no horário das 7 da manhã até meia-noite, dos seis primeiros canais fechados de maior audiência, quatro são destinados ao público infantil ou infanto-juvenil:
1º - Discovery Kids
2º - SporTV
3º - Disney Channel
4º - Cartoon Network
5º - TNT
6º - Nickelodeon
Informações do colunista Flávio Ricco.
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