Direto dos anos 1980, chegou no último sábado (16) no SBT o novo programa do Bozo. Novo?
Quase 30 anos depois de estrear na TV brasileira (o personagem foi criado em 1946, nos EUA, por Alan Livingston), o palhaço pilhado não mudou em nada.
Bozo ainda tem um cabelo aterrorizante, pede bitocas no nariz e repete bordões ininteligíveis como "tereteuteu".
Que bom. O saudosismo me fez temer por um Bozo repaginado, "hi-tech", medicado com Ritalina.
Mas Bozo segue o mesmo palhaço surtado de sempre, que faz piadas previsíveis e interage com bonecos e personagens tão estranhos quanto ele.
Sacoleja enquanto a confusão rola solta no palco, esquecendo as regras dos jogos e deixando as crianças roubarem nas provas, na cara dura.
Senti falta do Pedro de Lara (1925-2007). O seu Salsi Fufú era docemente mais mal-humorado do que a nova versão do narigudo.
Já Valentino Guzzo, intérprete original da Vovó Mafalda, foi homenageado. A nova vovó é idêntica à interpretada por ele.
Bozo trouxe de volta o clima de gincana de crianças na TV, a melhor essência dos programas de TV infantis.
O mix de desenhos, dos mais modernos aos prosaicos em que só a boca do personagem mexe, recheia o programa com pinta de circo.
Não há tecnologia nem luzes hipnóticas na tela.
A fórmula é velha, flagra o SBT temeroso de correr riscos (vide as reestreias das novelinhas "Carrossel" e "Chiquititas", esta para os próximos meses), mas uma boa palhaçada sempre terá plateia.
NA TV
Programa do Bozo
Programa do SBT
QUANDO sáb., às 9h
AVALIAÇÃO bom
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